terça-feira, 30 de novembro de 2010

"Os amigos servem para nos fazerem favores..."

Onde poderá existir aqui amizade? Não sei! Talvez não exista amizade ou talvez esteja camuflada por detrás da onda de interesses em que se emoldura esta frase.
Ao escutar esta frase, fiquei sem reacção, não sabia o que dizer ou fazer, nem sabia se realmente sabia o que pensava saber. Foi duro ouvir tais palavras e a sua dureza cravou-se-me no ser, apunhalou-me o peito e rasgou-me a cabeça.
Parecia que de um momento para o outro se colocou à minha frente um desconhecido a falar do que não sabia, se assim fosse não havia mal e talvez eu lhe conseguisse explicar que estava errado. O pior é que quem se encontrava à minha frente era um amigo, que incansavelmente ajudei. Serão estas palavras a paga de toda a ajuda, das noites perdidas para o ajudar.
Estas palavras fizeram-me reflectir, colocar em questão a expressão de Santo Agostinho, “A mais doce de todas as doçuras da vida é a amizade”. E por fim conclui que para além da amargura das palavras, Santo Agostinho tem razão, a amizade é a maior das doçuras, porque esta não se resume a uma fracção de segundos, nem a meia dúzia de palavras.
A amizade é um sentimento, que engloba pessoas com tudo o que são e possuem, que nasce do convívio, cresce do conhecimento e permanece até que a memória viva…


As palavras são duras, mas a doçura da amizade abafa a dureza.