Ao escutar esta frase, fiquei sem reacção, não sabia o que dizer ou fazer, nem sabia se realmente sabia o que pensava saber. Foi duro ouvir tais palavras e a sua dureza cravou-se-me no ser, apunhalou-me o peito e rasgou-me a cabeça.
Parecia que de um momento para o outro se colocou à minha frente um desconhecido a falar do que não sabia, se assim fosse não havia mal e talvez eu lhe conseguisse explicar que estava errado. O pior é que quem se encontrava à minha frente era um amigo, que incansavelmente ajudei. Serão estas palavras a paga de toda a ajuda, das noites perdidas para o ajudar.
Estas palavras fizeram-me reflectir, colocar em questão a expressão de Santo Agostinho, “A mais doce de todas as doçuras da vida é a amizade”. E por fim conclui que para além da amargura das palavras, Santo Agostinho tem razão, a amizade é a maior das doçuras, porque esta não se resume a uma fracção de segundos, nem a meia dúzia de palavras.
A amizade é um sentimento, que engloba pessoas com tudo o que são e possuem, que nasce do convívio, cresce do conhecimento e permanece até que a memória viva…
As palavras são duras, mas a doçura da amizade abafa a dureza.