sábado, 4 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

"Os amigos servem para nos fazerem favores..."

Onde poderá existir aqui amizade? Não sei! Talvez não exista amizade ou talvez esteja camuflada por detrás da onda de interesses em que se emoldura esta frase.
Ao escutar esta frase, fiquei sem reacção, não sabia o que dizer ou fazer, nem sabia se realmente sabia o que pensava saber. Foi duro ouvir tais palavras e a sua dureza cravou-se-me no ser, apunhalou-me o peito e rasgou-me a cabeça.
Parecia que de um momento para o outro se colocou à minha frente um desconhecido a falar do que não sabia, se assim fosse não havia mal e talvez eu lhe conseguisse explicar que estava errado. O pior é que quem se encontrava à minha frente era um amigo, que incansavelmente ajudei. Serão estas palavras a paga de toda a ajuda, das noites perdidas para o ajudar.
Estas palavras fizeram-me reflectir, colocar em questão a expressão de Santo Agostinho, “A mais doce de todas as doçuras da vida é a amizade”. E por fim conclui que para além da amargura das palavras, Santo Agostinho tem razão, a amizade é a maior das doçuras, porque esta não se resume a uma fracção de segundos, nem a meia dúzia de palavras.
A amizade é um sentimento, que engloba pessoas com tudo o que são e possuem, que nasce do convívio, cresce do conhecimento e permanece até que a memória viva…


As palavras são duras, mas a doçura da amizade abafa a dureza.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Partida... Até sempre amigos...



Dedico aos finalistas do Seminário Maior da Sagrada Familia esta balada. Que levem consigo esta cidade e tudo o que nela viveram, as alegrias e as tristezas.
A vida é feita de etapas do caminho esta foi mais uma, mas não é a única... Felicidades...

domingo, 4 de abril de 2010

Cristo Vive...

     "Esta é a noite, em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta vitorioso do túmulo... Oh admirável condescendência da vossa graça! Oh incomparável predilecção do vosso amor!" ( Precónio Pascal).

     Hoje a alegria inunda a terra porque Cristo, o Filho do Deus Vivo, ergueu-se do sepulcro e derrubou a morte. Da Cruz passou à vida porque Ele próprio é a Vida.

     Cristo ressuscitou! Boas festas, boas festas! Aleluia!

     Santa e Feliz Páscoa a todos!

terça-feira, 30 de março de 2010

"Mais realismo sereno, menos pessimismo desmotivador" (D. Jorge Ortiga)

     Partilho um extrato do artigo do Pe. Manuel Baptista, escrito na Voz de Esperança, relativo ao que o D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, comunicou aos presbiteros, no dia 19 de Julho de 2009, a quando da ordenação de sete novos presbiteros.

     « ... D. Jorge pediu aos novos sacerdotes para serem
"pastores com a consciência de que são enviados pelo Senhor para reunir e apascentar sem medo ou sobressaltos"
... D. Jorge Ortiga propôs aos sacerdotes um itinerário, apresentado em doze itens. Defende D. Jorge "mais Evangelho, acolhido e vivido e menos tradicionalismo e devocionismo".
"O Evangelho é ruptura e provoca uma adesão nova a coisas que animam a fé. Só o Evangelho conta".
     O cistão deve distinguir-se pela humanidade. Por isso, o Sr. Arcebispo prosseguiu afirmando querer "mais discípulos procuradores da verdade e menos dogmatismos rígidos" e "mais testemunhos autênticos e menos mestres conhecedores de toda a verdade".
     A propósito do respeito pelas diferenças, o prelado pediu "mais acolhimento e menos condenação", pois é "fácil condenar o diferente quando se impõe uma capacidade de acolher quem pensa diferente".
                                                              ...
os sacerdotes no seu compromisso de fidelidade ao Evangelho, devem ter "maior opção pelos pobres, menos compromissos com interesses", pois "só uma verdadeira civilização do amor se justifica".

quarta-feira, 17 de março de 2010

Quem nos salvará?

     Neste tempo da Quaresma, muitos são os olhos que se fixam na cruz de Cristo. Contudo, poucos olhos são os do coração que fixados na Cruz contemplam a Ressurreição, como mistério de amor, que dá a sua vida.
     Só com os olhos do coração se consegue ver tão grandioso mistério  de amor. Mistério, que ao longo dos séculos, tem inflamado tantos homens e mulheres que não conseguem receber tanto amor sem que o partilhem com um mundo sedento de amor.
    Este é o exempo de tantos que rasgaram e, ainda hoje, continuam a rasgar o seu coração ao mundo, para que o mundo possa ver Aquele que primeiro lhe rasgou o coração e lhe derramou o eterno Amor... 

segunda-feira, 15 de março de 2010

(Des)prendimento

     “As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9, 28).

     Senhor, ajuda-me a não ser como as raposas ou as aves do céu que se acomodam nas suas tocas ou nos seus ninhos. Ajuda-me, Senhor, a desprender o meu olhar do mundano e a fixá-lo em Ti, a afastar, cada vez mais, o meu coração do materialismo para o entregar inteiramente à Tua vontade. Que os meus braços se abram para acolher a cruz do irmão que está triste e entregue à solidão, do irmão idoso, doente ou abandonado que o mundo coloca de parte só porque não lhe é útil e não lhe dá rendimento.
     Senhor, que eu esteja neste mundo com os olhos postos em Ti e o coração aquecido pelo Teu Preciosíssimo Corpo e Sangue. Que no meu ser seja feita a Tua vontade.
Sei, Senhor, que sou fraco e pecador, mas tu sempre me amas e quando caído me estendes Tuas Mãos, mesmo que, às vezes, não seja capaz de as reconhecer, para me ergueres e me acolheres com um amoroso abraço.
     Quanto mais caio mais me abres os braços, com um abraço misericordioso e reconciliador, não me rejeitas nem me abandonas, mas ergues-me e me reconduzes ao Caminho da Vida. Por mais lanças que espete em Teu Coração, Tu não deixas de me amar e de me convidar ao Amor. Por mais espinhos que firam a Tua Cabeça, Tu não proferes palavras de condenação, mas chamas-me à humildade e ao perdão dos irmãos. Por mais cravos que Te trespassem as Mãos e os Pés, Tu não rejeitas, perdoas e saras nossas feridas.

     Obrigado Senhor, meu Deus…

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Somos Testemunhas... De Quem?...

"É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (Lc 13, 21).

     "A que é semelhante o reino de Deus, a que hei-de compará-lo?" Com esta questão, o Senhor interpela-nos a pararmos um pouco e a contemplarmos a Sua Palavra.
     Com uma simples comparação, o Senhor leva-nos a observar a força do fermento que misturado na farinha a faz levedar na sua totalidade. Teremos nós a força de lutar pela justiça, de suscitar o amor, como este fermento a que Jesus compara o reino de Deus? Teremos nós coragem de levar Deus para a sociedade, sendo verdadeiras testemunhas do Seu amor e da Sua Ressurreição?
     Pois bem, muitas vezes, dizemos-nos cristãos, mas o testemunho que damos é tão morto, tão sem obras, que nos convertemos em testemunhas do oposto do que dizemos ser. Falamos de um Deus Amor, mas a nossa vida só transparece ódio. Falamos de Paz, mas somos os primeiros a atirar pedras uns aos outros. Falamos de Vida e Ressurreição, contudo só transmitimos morte. É este o testemunho que queremos ser? É isto que queremos para levedar a massa?
     Jesus compara ainda o reino de Deus a um grão de mostarda, que ao ser lançado à terra cresce e torna-se uma grande árvore. Se perguntasse se queriam ser este grão que se transforma numa grande árvore, muitos responderiam que sim. Contudo queriam ser grão e árvore, sem pensarem que para se transformarem na árvore é necessário que cada um morra para si, para ter o coração livre para o Senhor, para levar o senhor aos irmãos que sofrem, para levantar a voz perante as injustiças. Só assim seremos fermento de Cristo no meio da massa que é a sociedade actual. Só assim seremos a árvore grande, alimentada por Cristo, erguida no meio do mundo, espelhando o Amor entusiasmante e libertador que dimana do Coração do Eterno Amante.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010