terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sede irrepreensíveis...

"Fazei tudo sem murmurar nem discutir para serdes irrepreensíveis e puros, filhos de Deus sem mancha, no meio duma geração perversa e depravada, onde vós brilhais como estrela no mundo". Filipenses 2, 14-15

     Quantas vezes somos murmuradores, humilhando os nossos irmãos com o murmúrio silencioso e mortal?  Quantas vezes provocamos discussões divisoras só por interesse, inveja ou egoísmo?
     Pois bem, o murmúrio é uma arma poderosa na destruição da harmonia comunitária, na medida em que, na maioria dos casos, para não dizer na totalidade, o murmúrio é negativo, fundamentado na mentira ou na duplicidade. Para combater o murmúrio, obra do mal, S. Paulo, dirigindo-se aos irmãos de Filipos, diz-nos: “Fazei tudo sem murmurar nem discutir, para serdes irrepreensíveis”.
     S. Paulo dá-nos uma grande lição, indica-nos o caminho da santidade, levando-nos a tomar consciência de que a divisão mata-nos interiormente e faz-nos percorrer caminhos que nos distanciam de Deus, nos empedrassem o coração, nos paralisam e nos cegam. Estes caminhos roubam-nos o Amor e dão-nos o ódio e a discórdia, tiram-nos a Paz e a União, dando-nos a guerra, a duplicidade e a divisão, esvaziam-nos da Misericórdia e do Respeito, incutindo-nos o desprezo, a impiedade e o murmúrio.
     Continuamente estes caminhos aparecem-nos como alternativa, ilusoriamente feliz, ao caminho pedregoso que nos conduz a Deus. São ilusões que nos atraem e que sempre nos momentos mais difíceis lá estão.
     Por isso, irmãos, rezemos uns pelos outros, para que, ao chegar o momento difícil, tenhamos a força de continuar pelo caminho que conduz a Deus, porque sabemos que o caminho nem sempre é fácil, mas que a oração faz-nos caminhar juntos, mesmo que fisicamente distantes.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cr(escer)ise

“Nada te turbe, nada te espante, quem a Deus tem, nada lhe falta. Nada te turbe, nada te espante, só Deus basta.”


A turbulência mundana
E a agitação da humanidade
Tentam perturbar-me o coração,
Desfazer o amor que este dimana,
Roubar-me a tranquilidade
E afundar-me em grande agitação.
Mas em Deus está a minha confiança,
Ele é a minha força e segurança.
Quem ousará a me perturbar?
Quem tentará contra a paz lutar?



Muitos podem-se levantar,
Muitos podem tentar a paz derrubar,
A minha resposta será a mesma, Amor.
A paz afincar-se-á em meu coração
E quando o meu animo estiver abatido
Por mim responderá o Senhor
Abrirá os teus braços, que me abraçarão,
Falarei e a escutar terei o teu ouvido.
Amigo, o Senhor colocou-te ao meu lado
Para na crise não ficar desanimado.

sábado, 19 de setembro de 2009

"Sede Santos,porque Eu sou Santo" Lv 11, 45

Senhor, fonte de toda a Santidade,
Peço pelos meus pecados perdão
E anseio pela vossa misericórdia,
Ajudai-me a caminhar na verdade
A abrir-Vos o meu coraçao
E a ser semente de concórdia.

"Sede santos, porque Eu sou Santo"
Apelais Vós, ó Pai de Amor,
Que não seçais de nos amar,
Ao nosso encontro enviando
Cristo, Deus vivo, nosso Salvador,
Que nos veio revelar
Que a santidade se vive amando
Todos, até o mais pecador.

Ser santo não é ficar parado
Sabe lá de quê esperando.
Ser santo é amar,
É deixar-se ser encontrado,
É não ter medo e ir caminhando,
É não baixar os braços e lutar,
É ter fé e esperança,
É ser livre e ter confiança.

Ser santo não é só para alguns,
Deus a todos chama à santidade,
Não necessita ser padre ou religioso
Basta dar aos outros o primeiro lugar,
Fazer caminho pela verdade,
Ser amável e misericordioso,
Ser justo e saber perdoar,
Ser recto e o Evangelho anunciar.

domingo, 17 de maio de 2009

(Ir)responsabilidade, de quem?...

Ultimamente, a Igreja tem sido alvo de alguns ataques que tentam calar a voz do Evangelho.
Perante os projectos de lei do PS e do PCP sobre Educação Sexual que prevêem distribuição gratuita de contraceptivos nas escolas secundárias, surgiram, na comunicação social, vozes que atacaram a Igreja, dizendo que a educação cristã que os pais católicos tentam transmitir aos filhos é retrógrada e antiquada.
Interrogo essas vozes e todos vós. Será que é a educação cristã que é antiquada e retrógrada? Ou será que o que é retrógrada e antiquado é a irresponsabilidade que estes projectos de lei estão a tentar incutir nos jovens que serão o futuro do nosso país?
Dá muito que pensar… Pois antes da dimensão religiosa, a educação cristã foca-se na dimensão humana, na medida em que só alguém com uma boa formação humana é que pode ser verdadeiramente religioso. Esta questão, que levou a que algumas vozes se insurgissem contra a educação dos pais católicos, antes de atingir o religioso, atinge o humano. É uma questão humanista, que foca um dos pilares base de qualquer sociedade: a responsabilidade.
Queremos nós formar homens e mulheres conscientes e responsáveis? Ou queremos nós que a formação seja desumana, que rouba a liberdade, a responsabilidade e a consciência, levando a que se aceite tudo o que é incutido? Se nós queremos esta formação que conduz ao aprisionamento pela futilidade e à desumanização do homem , apoiemos estes projectos de lei, que tem o rosto da irresponsabilidade da política e da sociedade perante a educação humana do futuro do nosso país.
Se, pelo contrário, é a formação responsável e consciente de homens e mulheres que nós apoiamos, então unamos a nossa voz pela humanidade, pelo humanismo da nossa sociedade. Desvalorizemos quem ataca qualquer que seja a religião, pois esta questão não é essencialmente religiosa, é uma questão de formação humana.
Apelo aos pais para que pensem no futuro dos seus filhos, porque a primeira educação cabe-lhes a eles e deles depende toda a formação.
Por isso, caros pais sede conscientes, amigos dos vossos filhos e bons educadores e lutais pela formação humana dos vossos filhos, não uma formação fútil e irresponsável, pois a missão de formar os nossos adolescentes e jovens é pertença de todos, mas começa por vós.

sábado, 9 de maio de 2009

Um coração que clama: "Pai"

Uma conversa abriu-me o coração e me fez olhar o outro com outros olhos. O final deste Ano Propedêutico aproxima-se a alta velocidade e surgem milhentas coisas que tentam roubar-me a serenidade, no entanto não me esqueço que a serenidade é fruto do Amor infinito que Deus Trindademe dá.
Com esta certeza, escutei com especial atenção um Amigo, que me dizia que a ausência de seu pai biológico o ajudou a criar uma grande intimidade com Deus Pai, pois sentia-O como o seu Pai.
A forma como me disse aquelas palavras foi tão profunda, que mecheu comigo, que me levou a pensar na minha vida familiar. Quantas vezes, desvalorizo o meu pai e o substituo-o por coisitas que não têm valor? Quantas vezes, fecho os meus ouvidos às palavras daquele que se sacrificou, tantas vezes, para que eu fosse aquilo que sou e que são palavras que orientam para o bom caminho? Quantas vezes,...
São pequenas partilhas como esta que se tornam tão grandes e que nos fazem centrar no essencial, Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Amor entregue, vida eterna...

Olho-Te, Senhor
Abraças-me comum carinhoso abraço,
Me encorajas a caminhar,
A vencer meusmedos e vaidades.
Tuas mãos me auqcem o coração
Teu lado aberto sara minhas feridas,
Perdoa meuspecado,
Teu rosto me atrai a Ti
Nos irmãosque vivem Tua Paixão
Ora por inveja, ora por traição.
Mas Tu, Senhor, não permaneces morto,
Tu vives para sempre, por toda a eternidade.
Que existe, Senhor, mais belo que o Teu Amor?
Nada mais belo existe.
Eu Te amo, Senhor, mas aumenta o meu amor
Pois só Tu és verdadeiro Amor
A vida é fruto do Teu Amor,
Nasce do sangue que a terra bebeu
Quando Teulado foi trespassado,
Quando a minha maldade Te rasgou o peito
E Tu, abriste os braços para envolver a humanidade
Que Te pregava e escarnecia de Ti.

Teu amor é tão forte, Senhor
Que invade todos os que Te contenplam
E se deixam seduzir pela Tua obediência
Pela Tua presença viva e constante.
Senhor, que felicidade me dá esta certeza
De que por mais que Te abandone
Tu nunca me abandonarás,
Pois só Tu és a Vida,
E para sempre me acompanhas
Mesmo que me afaste de Ti.

quarta-feira, 18 de março de 2009

“Abner chamou Joab e disse-lhe: «Até quando irá a espada ceifar vidas? Não sabes que isto só nos pode acarretar tristeza? Não será já tempo de dizeres ao povo que deixe de perseguir os seus irmãos?» ” 2 Sm 2, 26

Quantas vidas, ainda hoje, caiem pela espada? Quantos corações são beijados pela morte? Quantos sorrisos são desfeitos e derrubados ou porque professam outra religião, ou porque pertencem a outros ideais políticos? Até quando, Senhor, o homem se esquecerá que é criatura e que nada resolve com guerras?
Ao ler um artigo do jornalista Carlos Reis, intitulado Recrutadas à força e maltratadas, a tristeza e um pouco de revolta invadiram-me, porque, segundo um estudo, existem cerca de 250 mil crianças que são envolvidas em conflitos em todo o mundo, muitas delas reptadas das escolas para serem forçadas a servir de combatentes, escravos sexuais ou criados. Que brutalidade! Que falta de escrúpulos e humanidade!
Quem tem o direito de roubar a adolescência e a vida a qualquer criança? Quem tem o direito de roubar a pureza a uma criança para a transformar em brutalidade, em ódio e vingança? Ninguém. No entanto, isto acontece e nós “comemos e calamo-nos”.
Continuando a minha leitura, deparei-me com outro artigo, agora de Michael Amaladoss, que se intitulava Para onde vai o país?. Este abordava a situação de violência na Índia, uma Índia dividida entre o poder politico e económico, que pretende ansiosamente assumir-se na comunidade das nações e a massa popular dilacerada pela multiplicidade de origens étnicas, castas e grupos religiosos e pelo terrorismo.
Mais uma bomba caiu em cima de mim e fez surgir uma questão: “Onde está a justiça?”. Uma resposta à qual não consigo responder se apenas me guiar por critérios humanos, critérios que se dizem incorruptíveis, mas que a corrupção persuade.

terça-feira, 10 de março de 2009

Onde a voz é calada...

Ícaro era um jovem nascido numa aldeia no sopé de uma serra, que cresceu envolvido pela Natureza. Sua família era uma simples família de camponeses. Com toda a sua envolvência familiar, Ícaro ganha o gosto pelo estudo e é fascinado pela geografia.
Quando Ícaro chegou ao final do ensino secundário, deixou falar o seu coração e abraçou a vida religiosa e foi estudar para uma comunidade, afastada da sua terra. Este jovem era muito calado e fechava-se muito facilmente.
Após algum tempo de vida comunitária e com algumas tentativas de relacionamento com os colegas falhadas, este começa a isolar-se. Os seus superiores incentivam toda a comunidade para que se fortalecesse as relações e o diálogo, a abertura aos outros.
Ícaro lança-se novamente na sua abertura aos colegas e convida-os para sair. A sua intenção era fomentar o diálogo, abrir-se e dar-se um pouco a conhecer. No entanto, Ícaro por mais que tente falar, partilhar as suas experiências, os colegas que o acompanha calam-no, abafam a sua voz com o entusiasmo com que se expressam, esquecendo-se da sua presença.
Ícaro sente-se a mais, desiste de se expressar e caminha como mudo, é obrigado a isolar-se incentivado não só com palavras mas também com obras e actos.
Ícaro é acusado de isolamento, mas será ele o culpado do isolamento? Onde está a essência do isolamento? Até quando a sua voz é calada e o seu grito emudecido? Será que este jovem terá de se cansar em vão? E perder o seu tempo para nada mais que aumentar o seu sofrimento perante o desprezo?
Não te cales, Ícaro! Solta o teu grito mesmo que ninguém te queira escutar. Solta a dor e o sofrimento que habita o teu coração mesmo que sozinho estejas. A nossa vida, amigo, é como um rio que corre e salta ao descer a serra e vai alegre a caminho do mar, mas ao longo do seu curso encontra os açudes que o fazem parar e esperar. Contudo não desiste da sua alegria para atingir o mar.
Amigo, Coragem! Lança o grito de esperança e serás escutado…

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Caminhando para a vida...

Entrámos no tempo da Quaresma e de novo as três práticas penitenciais – oração, esmola e jejum – apresentam-se para nos prepararmos de maneira a melhor celebrar a Páscoa do Senhor.
Na sua mensagem quaresmal, o Papa Bento XVI “valorizou particularmente o jejum, acentuando que ele não é mera prática do passado mas um meio que nos é proposto a todos nós, entorpecidos pelo pecado e suas consequências, como muito conveniente para restabelecermos a amizade com o Senhor” (Nota Pastoral de D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra).
Este caminho quaresmal convida-nos à prática do jejum, contudo o profeta Isaías interpela-nos para que não nos deixemos envolver num jejum exterior, esquecendo-nos de que o verdadeiro jejum deve começar no coração e nas relações com os irmãos. “Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto. (…) O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão.” (Is 58, 4;6-7).
Neste sentido, D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, diz-nos que “o jejum – nas várias formas expressivas da sociedade de vida e de consumo – torna-se oração e comunhão. Reaviva o amor. Abre no coração a fonte da partilha. Não faz barulho, mas dá frutos de justiça e de caridade.” Frutos estes que são “respostas de generosidade e de esperança que repartam o pão com os que têm fome e enchem o nosso coração de vida” (Mensagem quaresmal de D. António Francisco, Bispo de Aveiro).
A Quaresma já começou, não esperemos mais para começar a converter o nosso coração, com o jejum das obras do mal, do pecado, com a penitência que dá pão aos que não o têm. “Que o medo não nos vença e que o desânimo não se sobreponha à audácia da caridade”, lembra-nos D. António Francisco. Caminhemos com coragem ao longo desta Quaresma, com o olhar posto na Páscoa de Cristo, mas não queiramos atingir a ressurreição sem passar pela cruz, pois isso não é possível. Se não morrermos como poderemos nós ressuscitar?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sempre dando graças ao Deus que me criou...

A tristeza invadiu-me o coração neste dia em que dou graças a Deus pelo dom da minha vida, porque duas das pessoas que habitam o meu coração estão presas a uma cama de hospital.
Uma delas é a minha avó paterna, que com oitenta e oito anos, vai ter que ser operada ao fémur, pois uma queda fez com que o partisse e como não existem possibilidades dele colar naturalmente, vai ser sujeita a uma operação cirúrgica.
A outra é um amigo de vinte e um anos, que recebi hoje a notícia, que está em Lisboa em coma. Este amigo chama-se Luís Cruz, natural da freguesia de Penalva de Alva. Estava a fazer estágio, quando o jipe onde viajava, com três colegas de curso, foi atingido por um deslizamento de terras, que os atirou por uma “ribanceira”. Os outros três saíram sem sequelas de maior, mas o Luís entrou em coma.
Já andava um pouco agitado por causa de acontecimentos recentes, contudo nenhum se comparava com esta notícia da operação a que vai ser sujeita a minha avó. Notícia que afectou toda a família, pois temos consciência que vai ser uma operação de alto risco, devido à idade e ao feitio da minha avó, que pode roubar-me a avó. Apesar de toda a agitação em torno da situação da minha avó, mais uma onda de turbulência veio atingir-me, a notícia do coma do meu amigo Luís. Como é tão frágil o homem, Senhor! Como de um momento para o outro, tudo se altera!
Senhor, dou-Te graças pelo dom da vida que me concedeste, pela caminhada que me tens ajudado a fazer ao longo destes vinte anos. Como não posso esquecer as pessoas que colocaste ao meu lado, Te peço por todas elas, nomeadamente pelos meus pais, que foram teus colaboradores, para que continuem a ser exemplo e alegria para a minha caminhada, pela minha avó e pelo Luís, para que lhes concedas a saúde de que necessitam, e aos seus familiares e amigos a paciência e a coragem, para que os ajudem a passar este momento difícil.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Um pouco de fermento leveda toda a massa". Gl 5, 9

Ao dirigir-se aos gálatas, o Apóstolo Paulo interpelou-me com a sua palavra e trouxe-me à memória tantos como ele, que se entregaram totalmente ao Evangelho de Jesus Cristo e que o seu Sangue foi e é fermento num mundo incrédulo e corrupto.
Mas quem poderá dar tanta fé e vida a estes que não receiam perdê-la? Quem será a sua força e Quem lhe encherá o coração de alegria e esperança, de pureza e de amor, de verdade e confiança? Só Aquele que nos amou tanto que se entregou por nós numa cruz e que três dias depois ressuscitou. Só Cristo que se fez homem sendo verdadeiro Deus.
Senhor, verdadeira vida e verdadeiro fermento, o Vosso Sangue fez germinar a semente que a Vossa Palavra semeou, Vos dou graças pelo Amor que me tendes e Vos peço que me ajudais a ser fermento no meio do mundo que me rodeia.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Luto passa, a certeza da vida permanece...!

O luto invadiu o Seminário Diocesano de Leiria, espalhou-se pela diocese de Leiria-Fátima e apoderou-se da música litúrgica, pois faleceu o Padre Carlos Silva, que dedicou toda a sua vida à música. A sua obra é impressionante, a sua dedicação exemplar e a sua partida inesperada. Deixa-nos uma vida banhada pela musicalidade do amor e da dedicação com que se entregou à música para louvar a Deus.
“Vós, inexperientes, aprendei a prudência, e vós, insensatos, aprendei a inteligência”, recorda-nos o Livro dos Provérbios. São tão belas estas palavras que Deus nos quis dizer. O Cónego Carlos era um mestre que ensinou durante a sua vida as gerações vindouras a aprenderem a prudência e a fazerem a passagem da insensatez à inteligência.
Senhor, que o testemunho do Padre Carlos Silva seja para mim motivo de mudança e de incentivo à busca da inteligência, pois a busca da inteligência não se faz parado à espera que ela venha, mas sim indo ao seu encontro, entregando-se-lhe inteiramente e sem medo, porque Vós estais ao nosso lado e conVosco fazem-se maravilhas que nós nunca as conseguiríamos concretizar sozinhos.
O luto está em mim, mas a certeza de que o Padre Carlos Silva já está junto de Vós habita o meu coração e me faz cantar suas músicas de louvor.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Bodas de Prata! Parabens pais...

No seu Amor, Deus uniu homem e mulher para que caminhem na união, na fidelidade e na renovação permanente do Amor que os une.
No vigésimo primeiro dia do primeiro mês de octagésimo quarto ano do vigésimo século da era cristã, um casal de namorados subiu os degraus da Igreja Matriz de Nogueira do Cravo para contrair o sacramento do matrimónio. Ela chamava-se Maria de Fátima e ele tinha de nome Vitor Manuel. Deus os uniu através das suas bençãos e os constituiu família, onde o respeito e a justiça reinam, a verdade e a fidelidade imperam, as dificuldades enfrentam-se com esperança e confiança, mas os pilares sustentadores desta família foram e são o Amor e a Fé.
Vinte e cinco anos passaram e de novo junto ao altar recordam o dia do seu casamento e entregam o seu amor a Deus para que seja fortalecido pelo dom da Fé e pelos frutos que dele advieram.
Graças vos dou Santíssima Trindade pelos pais que me destes e pelo exemploque eles me têm transmitido. Obrigado Senhor por esta família, por este casal que unistes com o vosso amor, continuai a uni-los no amor e na fé para que através do seu exemplo outros casai se entreguem ao vosso Amor.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

"Todos choram, só ela não tem lágrimas. Todos se admiram de que tão generosamente entregue a sua vida quem ainda não começara a gozar, como se já a tivesse vivido plenamente." Do tratado de Santo Ambrósio, bispo, sobre as virgens.



Quantas lágrimas escorrem pelos rostos ressequidos pelo cansaço, empalidecidos pela incompreensão, famintos de amor e de justiça? Quantas lágrimas ficam prisioneiras pelo silêncio? Quantas dores e tristezas descem pelas faces desejosas de carinho? Quantos peitos inalam o odor a morte e a ódio só porque são rejeitados e a vida que recebem é morta e odioso o amor? Quantos olhos se fecham, quantas bocas se calam, quantos corações param de bater só por interesse e por falta de uma mão que se lhe estenda e que encoraje a caminhar?
Santa Inês, na sua tenra idade, deu-nos uma grande lição de vida e de fé, pois, ao contrário do egoísmo humano, soube acolher com amor a Jesus, os sacrifícios a que a submeteram, não se deixando vencer pelo medo ou pela cobardia de negara sua fé. Santa Inês foi perseverante até ao último momento da sua vida, sofrendo os martírios por amor a Jesus, com apenas doze anos.
Quantos de nós, que nos dizemos cristãos, seriamos fortes como Inês para nos entregarmos ao martírio por amor a Cristo? Quantos não negariam a fé que dizem ter para rejeitarem o martírio?

Pois bem, ser cristão não é um ritual que até se acha engraçado e parece bem, ser cristão é uma vida de compromisso e de amor a Cristo. Muitas vezes ouve-se dizer: “ Sou Cristão não praticante…”, que barbaridade, que insensatos. Haverá, porventura, algum cristão que ao seja sem que ponha Cristo na sua vida e a sua vida em Cristo, sem que o Evangelho guie os seus actos e os seus pensamentos, sem que o amor que Cristo nos legou seja posto em prática para com aqueles que nos rodeiam. Que adianta ao homem chamar-se cristão se o não é de verdade? Que adianta ao homem ter títulos se não tem vida?
A verdade do cristianismo e a vida dos cristãos resume-se numa palavra, Amar. Amar a Deus e Amar os irmãos, só assim um cristão o é de verdade. E só assim é que o cristão está preparado para testemunhar verdadeiramente Cristo e até sofrer o martírio por seu amor.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Filho de David, tem piedade de nós..." Mt 9, 27

Jesus, meu Senhor,
Ajuda-me a encarar
As repreensões com paciência,
As dificuldades com coragem,
As tristezas com esperança,
Para que saiba crescer
E os meus defeitos combater.

Que eu me afaste da vanglória,
Sendo prudente e discreto.
Que não despreze os inferiores,
Mas que, para todos, seja dócil.
Quecorrija os outros, sem incriminações,
Que saiba ser amparo para os que sofrem,
Que saiba lutar contra descriminações,
Que seja exemplo do Teu Amor.

Senhor, que eu deseje saber
E ensine o que sei gratuitamente
Que vá ao encontro do irmão
Abatido, explurado e doente
Que reconheça as minhas culpas
E humildemente pessa perdão.
Senhor Jesus, meu Salvador,
Teu é o meu coração.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"Sem vocês, que valor a vida teria?"

Sem vocês, que valor a vida teria?
Sem a verdade da vossa amizade,
Como é que para o mundo olharia?
Quando estou longe, tenho saudade.
Quando estou perto, grande é a felicidade.
Únicos vocês sempre serão,
E terão um lugar no meu coração
Onde vos guardo para a eternidade.

Que importa o tempo,
Se vos tenho no coração.
Que importa a minha fragilidade,
Se vocês são a minha fortaleza.
Que importa a ilusão,
Se vocês são amigos de verdade.
Que importa ter riqueza,
Se só vocês são o meu tesouro.

Graças a Deus tenho que dar
Pelo dom da vossa amizade.
Sem vós não consigo caminhar,
Seria uma fatalidade
Ter de adeus vos dizer,
Ter de partir e vos deixar
Amigos meus não vos vou esquecer
Por mais longe que tenha que estar.