quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Oração

Vivemos numa sociedade em que a facilidade e a preguiça tentam reinar, em que a vida é controlada pelo capitalismo cego e o tempo impaciente, e, perante tal, Deus é afastado, é obrigado a passar para segundo plano. Conseguiremos nós caminhar, quando afastamos o caminho, ou viver quando afastamos a vida? Isto é o que acontece, afasta-se Deus, esquecendo-se que a fonte da vida é Ele, e mesmo assim dizemo-nos cristãos. Mas haverá algum cristão que o seja sem Deus ou sem a Oração?
A Oração, sendo um diálogo com Deus, um meio de comunicação dos homens com Deus e vice-versa, deve ser o centro da vida do cristão. Mas, cada vez mais, o tempo que se disponibiliza para a oração é efémero, contado ao segundo.
Deus dá a cada um de nós um tesouro de dons e carismas, tesouro este que se encontra num vaso de barro, vaso de fragilidades, de medos, de angústias. Não é no vaso que Deus quer que nós nos centremos, mas sim no tesouro que ele contém e que permanece escondido. Só através da oração pessoal e comunitária, da escuta e da nossa vontade, se consegue vencer as fragilidades, os medos e suas angústias, de modo que o seu tesouro vá sendo posto a descoberto e vá rendendo a favor dos irmãos.

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