terça-feira, 11 de novembro de 2008

“Quem poderá separar-nos do amor de Cristo?” Rom 8, 35

Sendo de condição divina, Cristo veio junto de nós para nos revelar o verdadeiro Amor de Deus. Amor que não tem limites, amor que O levou a abraçar a cruz e vencer a morte, dando-nos a Salvação.
Como reagimos perante tal amor? Nós que até vamos à missa, que nos dizemos cristãos e nos pronunciamos como amantes de Cristo, nós somos, muitas vezes, os primeiros a negar o amor de Cristo, em coisas tão simples, como estender a mão ao irmão que sofre, mesmo ao nosso lado, como abraçar o nosso colega abatido e desmotivado, como saber humilharmo-nos perante as nossas faltas, pedindo perdão, como ser capaz de aceitar a diferença e com ela fazer caminho. Coisinhas tão simples que nos afastam do Amor de Deus.
O Apóstolo S. Paulo, dirigindo-se aos irmãos de Roma, coloca a questão: “Quem poderá separar-nos do amor de Cristo?”. Uma questão profunda, que hoje não é dirigida apenas aos irmãos de Roma, mas sim aos irmãos do mundo, pois a nossa sociedade deixa-se alienar pela superficialidade, pelo materialismo, pela libertinagem, deixa-se embeber nos valores do supérfluo, do efémero, do ilusório, negando a essência da vida, o Amor gratuito e desmedido do nosso Deus.
Mas S. Paulo não se fica pela questão, vai mais longe e, recordando as tribulações passadas, a “tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada”, por causa do Evangelho, dá-nos uma resposta verdadeiramente cristã, nada nem ninguém nos pode separar do Amor de Deus.
Seremos nós capazes de abraçar a resposta de S. Paulo e fazer caminho com ele, libertando-nos do que é mundano, firmando-nos na fé, crescendo na esperança e dando-nos por inteiro na caridade? Pois bem, só assim, poderemos acolher verdadeiramente o Amor desmedido de Deus.

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